Autismo é debatido em Audiência Pública realizado na Câmara de Andradina

Vereador Hugo Zamboni foi o propositor da audiência que contou com representantes das áreas de educação e saúde

Por André Longarini

Na quinta-feira (16), a Câmara de Vereadores de Andradina foi palco de uma audiência pública para debater o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com a propositura sendo feita pelo vereador Hugo Zamboni.

A composição da mesa contou com o Presidente da Câmara, vereador Edgar Dourado, do propositor, vereador Hugo Zamboni, da Secretária de Educação de Andradina Estela Goda, Isabel de Lourdes Gimenez Supervisora de Ensino, Jaqueline Jessica Soares Joaquim Coordenadora Pedagógica da Educação Especial, André Caldeira Capitão PM (representando o comandante do 28 BPM-I) e de Gustavo Corazza Presidente da 91ª Subseção da OAB de Andradina.

A audiência também contou com a presença dos vereadores Professor Klebinho, Eloá Pessoa, João Máximo, Leila Rodrigues e Marcel Calestini.

O propositor Hugo Zamboni abriu as falas ressaltando a importância da audiência e destacou a palavra “sensibilidade” acerca do tema pelos poderes executivo e legislativo.

Logo após a médica neurologista Doutora Marise Cestari abriu o ciclo de apresentações com a palestra "Autismo: Conceitos e Possibilidades", detalhando aspectos clínicos e diagnósticos.

Na sequência, representantes da Associação "Ser Criança" de Mirandópolis usaram a palavra para falar sobre o trabalho que realizam.

O coordenador do Centro TEA de Andradina, Lucas Adelino trouxe explanações com a temática "Políticas Públicas Desenvolvidas em Andradina".

Por fim, a professora Sandra Pereira que faz parte do grupo Mães Atípicas “Cada um é cada um”, explanou ao plenário lotado a temática "A Realidade dos Profissionais da Educação e das Famílias".

Estela Goda na sua ida à tribuna disse:

Eu quero deixar bem claro que tantos governos passaram e niguém teve uma iniciativa para discutir esse assunto para propor alguma coisa, e nós aqui tivemos a ousadia de montar um centro TEA."

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Em mais uma vez na tribula o vereador Hugo Zamboni fez o fechamneto d audiencia falando sobre a busca de recurços para serem desninados a causa autista. 

O que é o Autismo

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que impacta a comunicação, a interação social e o comportamento.

Como o autismo é classificado?

Desde a publicação do DSM-5, todos os quadros relacionados ao espectro autista passaram a ser reunidos sob o nome Transtorno do Espectro Autista. Isso inclui o antigo diagnóstico de Síndrome de Asperger, que hoje não é mais utilizado oficialmente.

O TEA é classificado em três níveis de suporte:

Nível 1: necessita de suporte leve;

Nível 2: necessita de suporte moderado;

Nível 3: necessita de suporte intenso.

Esses níveis ajudam os profissionais a definir a quantidade de apoio que cada pessoa precisa no dia a dia, mas não representam “graus de inteligência” ou “capacidade de evoluir”. O que define o prognóstico é a qualidade do suporte, a individualização das intervenções e o respeito à singularidade de cada um.

Quais são os sinais do autismo?

Os sinais de autismo costumam aparecer nos primeiros anos de vida. Alguns são mais fáceis de identificar, como atraso na fala, não responder quando chamado, dificuldade para brincar com outras crianças ou resistência a mudanças na rotina.

Outros são mais sutis, como rigidez de pensamento, hiperfoco, sensibilidade sensorial ou uso incomum da linguagem.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do autismo é clínico e feito por uma equipe multiprofissional, que pode incluir psicólogos, neurologistas, psiquiatras e terapeutas ocupacionais. Não existe um exame de sangue ou imagem que “comprove” o autismo. O processo envolve entrevistas com a família, observação do comportamento e aplicação de instrumentos validados.

Nos casos em que o diagnóstico ainda não foi fechado, é importante não adiar as intervenções. Quanto antes a criança receber apoio, melhores são as chances de desenvolvimento.