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Feijão-carioca se mantém firme em Minas

O cenário, entretanto, é delicado

Feijão-carioca se mantém firme em Minas
Foto: Canva

Os negócios de feijão-carioca seguem firmes no Noroeste de Minas, com referências de R$ 230 por saca para lotes nota 9 ou superiores, enquanto vendas pontuais chegam a R$ 235. De acordo com o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), a liquidez está razoável, mas o destaque fica por conta da região de Paracatu, onde a colheita da terceira safra deve atingir 90% em até duas semanas. Entre 75% e 80% da produção já foi comercializada, indicando uma tendência de valorização do produto ainda neste ano.

O cenário, entretanto, é delicado. Paracatu avalia decretar estado de calamidade devido a perdas causadas por mosca-branca e mosaico dourado, situação que poderia comprometer fortemente a safra, assim como um ataque de gafanhotos devastaria até 40% das lavouras. O decreto tem papel crucial para viabilizar renegociações de financiamentos, considerando que muitos produtores já enfrentam inadimplência forçada pelas quebras de safra.

Para oficializar a calamidade agrícola no Noroeste mineiro, é necessário apresentar laudos técnicos comprovando os prejuízos, decretar a situação no âmbito municipal e encaminhar a documentação à Defesa Civil estadual e federal. Com o reconhecimento oficial, produtores prejudicados – inclusive inadimplentes – podem acessar crédito emergencial, renegociar dívidas ou pleitear perdão, além de recorrer a programas como o Fundo Social, garantindo respaldo jurídico e institucional para destravar medidas de socorro econômico.

Diante desse quadro, já se considera estratégico o plantio de Feijões para colheita no primeiro trimestre de 2026. Com a oferta limitada e a economia brasileira em retração, o Feijão tende a se consolidar como ativo estratégico e alimento essencial, mantendo atenção redobrada de produtores, cooperativas e agentes de mercado sobre o comportamento dos preços.

Fonte: Agrolink

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