cover
Tocando Agora:

Brasileirão 2026 vem com mudança e se inicia em janeiro

Mudanças valem até 2029

Brasileirão 2026 vem com mudança e se inicia em janeiro
Divulgação

Por André Longarini

O ano está acabando e o torcedor já fica na expectativa do início da temporada de futebol que em janeiro se inicia com os estaduais em todo o país.

Mas em 2026 o calendário nacional passará por mudanças com o Brasileirão começando em 28 de janeiro com término em 2 de dezembro.

A mudança implementada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) leva em consideração, entre outras coisas, o recesso para a Copa do Mundo, que acontece entre 11 de junho e 19 de julho deste ano.

Também haverá a novidade com a implementação do impedimento semiautomático, tecnologia já é utilizada na Europa e em torneios grandes como a Copa do Mundo. A previsão é de trazer mais precisão e velocidade para os lances em que um atacante estiver em situação irregular.

A tecnologia combina tanto um chip inserido dentro das bolas como um esquema de câmeras posicionadas estrategicamente ao redor dos gramados. Estes equipamentos trabalham com imagens em alta velocidade e os sensores irão comparar com maior precisão a posição da bola em relação à dos jogadores.

Uma geração de uma imagem em 3D é feita com suporte de Inteligência Artificial. Será possível então determinar se certas partes do corpo, como o ombro e a ponta da chuteira, invalidam o lance ou não. Hoje em dia a tecnologia usada pela CBF é do traçado de linhas, o que demora alguns minutos a ser feito e tem margem maior de erros.

Fair Play financeiro

Um sonho antigo de muitos clubes e dirigentes, o Fair Play financeiro também será implementado já a partir de 2026, definido como Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), é baseado em quatro pilares:

  • Controle de dívidas em atraso: determinar que clubes não possuam pagamentos em atraso com credores relevantes, como outros clubes, funcionários e autoridades;
  • Equilíbrio operacional de clubes;
  • Controle de custos com elenco: gastos com o elenco principal proporcionais à capacidade financeira;
  • Controle de endividamento de curto prazo: clubes mantenham uma estrutura de capital sólida e níveis sustentáveis.

O fair play financeiro estabelece limites específicos para clubes da primeira e da segunda divisão em diferentes quesitos. No custo de elenco, que engloba salários, encargos, direitos de imagem e amortizações, a Série A tem um limite de 70% das receitas, enquanto a Série B pode comprometer até 80%. Caso esses valores sejam ultrapassados, o clube passa a entrar em situação de "monitoramento".

Em relação ao endividamento de curto prazo, tanto na Série A quanto na Série B a dívida não pode ultrapassar 45% do faturamento anual. Se o clube descumprir essa regra, há um prazo de transição até 2030 (referente ao ano contábil de 2029) para que se adeque.

Comentários (0)