Falta de sensibilidade de Juiz e com isso CRIANÇA FICA SEM CIRURGIA

• 09/05/2022
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Na última sessão da Câmara de Vereadores de Andradina, que aconteceu no dia 02 de maio, ao subir na tribuna o vereador Luzimar Rodrigues do PSB trouxe um fato que podemos dizer que seja estarrecedor.

Segundo o vereador uma criança que precisa fazer uma cirurgia em um dos pés porque possui um dedo a mais, já nem consegue ir para a escola por sentir vergonha e conforme o tempo vai passando fica ainda mais difícil colocar o calçado e a criança ainda vêm sofrendo bullying.

Luzimar também disse que ao longo de mais de seis meses vem lutando para que se fizesse a referida cirurgia na criança, mas a prefeitura não pode fazer porque é responsável apenas pela Atenção Básica.

Foi então feito um pedido para que um Juiz autorizasse a prefeitura realiza-la mas o referido Juiz disse em seu despacho ainda segundo Luzimar que a criança pode esperar o INSS porque segundo o mesmo a criança não corre risco de vida.

Conforme apuramos a criança já está esperando na fila do INSS já a quase dois (02) anos, mas para o Senhor Juiz ela pode esperar mais, o tempo de espera ainda é pouco.

Na sua fala o vereador disse também que procurou a Santa Casa para que um médico que se dispôs a fazer pudesse fazer e a resposta que obteve é que a Santa Casa não tem a serra própria para resolver o caso.

A serra que precisa para fazer este tipo de cirurgia é uma serra especial próprio e que hoje tem mais ou menos o custo de U$ 1.000,00 (Um Mil Dolares) que hoje pela cotação seria cerca de R$ 5.130,00 (Cinco Mil e Cento e Trinta Reais) e pelo que podemos perceber não é nada difícil comprar esse equipamento e assim fazer a cirurgia na criança.

E depois de uma semana que o vereador subiu na tribuna, nada foi resolvido e o vereador nos contou que agradece e muito o empenho do Secretário de Saúde o Dr João Leme na tentativa de resolver o problema, a Santa Casa como também o Senhor Juiz me parece insensíveis com o caso e enquanto isso uma vida vai cada vez mais sofrendo com o descaso e a falta de sensibilidade de pessoas que deveriam olhar com mais amor para o cidadão que sofre.

Precisamos de pessoas sensíveis nos cargos que ocupam, muitas vezes nós vemos pessoas sendo tratadas como se fossem uma pedra que simplesmente tira de um lugar e coloca em outro, ou ainda pior como lixo que é descartado em qualquer lugar.

Faço apenas uma pergunta para o Senhor Juiz que indeferiu o Cirurgia. O QUE IRIA MUDAR NA SUA VIDA SE O SENHOR AUTORIZASSE A MESMA?

Para a Santa Casa de Andradina faço a seguinte pergunta: PORQUE NÃO COMPRAR A SERRA E FAZER A CIRURGIA POR CONTA PRÓPRIA E ASSIM SER MAIS SOLÍCITA COM A POPULAÇÃO?

O que nós precisamos é que as pessoas que ocupam cargos seja qual for entenda que é preciso ter sensibilidade para com a necessidade da população, e não apenas responder em pedaço de papel que não pode fazer nada.

Que cada autoridade de nosso município entenda que o munícipe sofre e precisa da ajuda de todos vocês que ocupam um lugar de destaque e que todos possam entender que a quem muito é dado, muito será cobrado.

E só para explicar um pouco sobre o bullying, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), o Brasil é um dos piores países em termos de bullying escolar no mundo. Segundo dados de 2018 dessa organização internacional, o bullying nas escolas do Brasil é duas vezes maior que a média dos outros países.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura a toda criança e adolescente no Brasil o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade. Portanto, para que essa norma se cumpra, é preciso que o bullying seja devidamente enfrentado.

Busca de popularidade ou status social são algumas das razões que motivam o autor do bullying a praticá-lo. Reforço da identidade do grupo — e consequente exclusão daqueles que não fazem parte do grupo. Afirmação de poder.

Não há uma única razão para a prática do bullying, e não é fácil determinar o que leva uma pessoa a humilhar constantemente outra pessoa.

No entanto, é possível apontar algumas motivações e algumas situações típicas. Em todas elas, há sempre uma relação desigual de poder entre as pessoas envolvidas. O “valentão” é aquele que quer afirmar o seu poder a qualquer custo, e para isso se utiliza sistematicamente da agressão verbal ou física para rebaixar a outra pessoa.

Nas escolas, a formação de grupos fechados, as chamadas “panelinhas”, podem funcionar através de um mecanismo de exclusão. Ao mesmo tempo, em que os membros do grupo reforçam seus laços de amizade, podem excluir aqueles que, por alguma razão, não se adéquam às expectativas do grupo. Esse mecanismo de exclusão pode gerar situações de bullying.