Cacau Show assume liderança do ranking de franquias com maior número de lojas no Brasil
- 18/02/2023
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Pela primeira vez, O Boticário não lidera a lista de maiores redes de franquia do país, de acordo com o ranking divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), na manhã desta quinta-feira (9/2). A Cacau Show, rede fundada pelo empreendedor Ale Costa, assumiu a liderança, com 3.763 franquias em operação em 2022, um crescimento de 33,10% em relação ao ano anterior.
A rede de chocolates abriu mais de 1 mil lojas apenas no ano passado. Em entrevista a PEGN, o diretor de expansão e novos canais da marca, Daniel Roque, explicou que metade das unidades foram abertas por franqueados que já estavam na rede. “Esse resultado é fruto da proximidade que criamos com a rede, da confiança que construímos. A situação de pandemia tornou nossa relação ainda mais próxima”, disse.
A Cacau Show trabalha com quatro modelos de franquia, e a mais procurada no ano passado foi a Smart, que custa a partir de R$ 145 mil, com 451 inaugurações. Em seguida veio o modelo mais barato da rede, de contêiner, com 442 novas unidades. O investimento inicial para este formato parte de R$ 64,9 mil.
De acordo com a ABF, o Brasil chegou a 3.077 marcas franqueadoras em 2022, ultrapassando a barreira dos 3 mil pela primeira vez. Adriana Auriemo, vice-presidente da entidade, compara que o maior mercado de franquias do mundo, os Estados Unidos, tem 3.874. “Estamos quase lá”, diz.
Neste ano, a entidade separou os rankings de franquias e de microfranquias (negócios que demandam investimento inicial de até R$ 105 mil). Dessa forma, novas redes entraram no ranking geral, como Lupo, Giraffas e Oral Sin Implantes.
Mais1.Café cresceu 108,5%
Apesar do resultado exponencial da Cacau Show, outras marcas se destacaram no ritmo de crescimento, como a Mais1.Café (108,50% de variação), Cheirin Bão (80%) e Casa do Construtor (32,70%).
De acordo com Gare Marques, sócio-fundador e diretor de marketing da Mais1.Café, rede fundada há três anos em Curitiba (PR), a marca tem inaugurado uma loja a cada 30 horas, e projeta 300 novas operações até o final de 2023.
"Isso nos deixa muito contentes com o fato de conseguir colocar um produto que é tão consagrado no mercado, dentro de um formato novo, com uma aceitação tão grande dos franqueados e clientes. Isso também é resultado do intenso trabalho que a gente faz de atender a necessidade do franqueado, com o foco de fazê-lo ter resultado acima de tudo. Então, o constante empenho em treinar, em fazer com que os nossos franqueados fiquem satisfeitos e tenham resultados é o reflexo do trabalho intenso que desenvolvemos até aqui", afirma o empreendedor.
De acordo com Adir Ribeiro, fundador da Praxis Business, as marcas que mais conseguiram diversificar os modelos de negócio, sem perder a essência, foram as que mais cresceram. Ele exemplificou com a própria Cacau Show, que apostou no modelo de contêiner nos últimos anos.
Dia, CVC e Wizard by Pearson diminuíram número de lojas
Por outro lado, marcas que mais fecharam lojas foram o Dia (-18,40%) e Wizard By Pearson (-9,3%), CVC (-7,6%). Veja o que elas dizem a respeito:
O Dia disse a PEGN que o ano foi de reestruturação da rede, com fechamento de pontos, principalmente próprios, mas que houve um crescimento de 50% na base franqueada, que hoje representa 40% do negócio como um todo. “O período foi marcado pelo foco na melhoria da experiência de compra de nosso cliente, oferecendo mais qualidade no atendimento, nos produtos e dentro de nossas lojas, bem como na reestruturação do nosso modelo de negócio, de forma que ele seja cada vez mais sustentável no curto, médio e longo prazo”, diz a nota enviada pela marca.
A CVC disse que algumas das lojas que foram encerradas em 2022 estão sendo reabertas agora por novos franqueados, ou por empreendedores da base atual. A rede ainda afirmou que os pontos estão contratando novos funcionários para dar conta da alta de 132% de emissão de reservas na base de lojas franqueadas. De fato, de acordo com a própria ABF, o segmento de Hotelaria e Turismo foi o que teve o ritmo mais acelerado de crescimento, com alta de 24,5%.
“A transformação digital também tem ampliado o potencial da nossa rede, fazendo com que as lojas ganhem muito mais capacidade de operar e alcançar clientes num raio maior de atuação. Isso possibilita que novos negócios sejam feitos à distância e de forma remota mesmo com uma quantidade menor de lojas”, disse a empresa, em nota.
A Wizard, do Grupo Pearson, já disse que vinha revisando a necessidade de alguns pontos, e disse que enviará um posicionamento, que será atualizado neste texto.
Redes brasileiras dominam 50 +
Em termos gerais, o Top 50 cresceu 6% em número de unidades, chegando ao total de 50.921. Há alguns empates, pois o número de unidades era exatamente o mesmo, de acordo com a ABF. Alguns insights sobre o levantamento deste ano:
44% das marcas são nativas brasileiras;
91% operam com lojas;
75% têm mais de dez anos de operação;
O Sudeste abriga 88% das sedes das redes;
